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16 de abril de 2005 |
Tostão
O racismo é uma deplorável e inaceitável conduta humana.
O racismo verdadeiro é o daqueles torcedores que vão para os
estádios com a intenção de ofender outras raças; o de grupos
que não permitem a entrada de pessoas de raças diferentes em
determinados lugares frequentados por eles; o das pessoas
que são incapazes de amar, em todas as suas formas, outras
de raças diferentes e outros tipos.
O racismo tem que ser combatido e duramente punido por leis específicas. As ofensas ao Grafite na partida de anteontem não foram uma clara e premeditada manifestação de racismo do jogador argentino, e sim o antigo, comum e condenável hábito de provocar o adversário, chamá-lo de negro e de outros nomes. Isso sempre existiu no futebol. Quando eu jogava, um companheiro me disse uma vez que foi chamado de "branco sujo" por um negro. Isto é também racismo. Essas injúrias precisam também ser duramente punidas, mas pela Justiça Desportiva. Houve um exagero, uma espetacularização do acontecimento, como disseram José Trajano e Juca Kfouri. Em todo o mundo, os atletas querem vencer, de todas as maneiras. Alguns perdem a razão e os limites. Na emoção de uma partida, acontecem, com freqüência, manifestações de ódio reprimido, de agressividade inata e adquirida e todo o tipo de fraqueza humana. Já escutei um milhão de vezes que o esporte é uma manifestação ética e um fator de união entre as pessoas e os povos. Não é sempre assim. Sempre que houver emoção envolvida, existirá o perigo de as pessoas fazerem coisas até inacreditáveis. Depois, essas pessoas dirão: "Me deu um branco na consciência". Essas ofensas são comuns, mas são intoleráveis. É preciso colocar limites. A lei e a vigilância da sociedade são esses limites. |
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