Mapa del sitio | Portada | Redacción | Colabora | Enlaces | Buscador | Correo |
25 de janeiro de 2004 |
O ano recém-findo
Maria Tereza Piacentini (*)
"Estimaria ler uma lição tanto quanto completa sobre o emprego de recém. Se pode ser corretamente usado solto, independente, o que equivale a dizer, sem estar ligado por hífen."
Hugo, São Paulo/SP Regra básica: o termo RECÉM vem sempre seguido de HÍFEN + ADJETIVO. Entenda-se por adjetivo também o particípio (como findo, chegado, vindo, abandonado) usado adjetivamente. Recém é uma redução de "recente" e significa "ocorrido há pouco". Trata-se de um elemento de composição - não é (ou melhor, não era) palavra independente, daí a necessidade do hífen na formação do adjetivo:
São comoventes as juras de amor eterno dos recém-casados. Entretanto, também se ouve muito um tipo de construção em que o termo recém fica solto, sem hífen, porque age como advérbio. Neste caso ele só modifica verbos no tempo pretérito. Por exemplo: O namorado da Tilinha recém chegou. [Em vez de: é recém-chegado] Ou também:
A mãe dela se separou recém. Dizem os dicionários que se trata de um regionalismo de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sendo neste caso um termo de uso regional (mesmo que pessoas em outros Estados falem assim), não se deve esperar que seja aceito em concursos, escritos oficiais e semelhantes. Em ocasiões formais, que devam passar pelo crivo de julgadores e revisores puristas, entre outros, é melhor expressar a mesma circunstância de outra maneira:
- O namorado da Tilinha acaba de chegar. (*) Maria Tereza de Queiroz Piacentini, autora dos livros "Só Vírgula" e "Só Palavras Compostas", é diretora do Instituto Euclides da Cunha (www.linguabrasil.com.br). |
|