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19 de setembro de 2002 |
com baixarias de Serra» Agência Informes. Brasil, setembro de 2002.
Os ataques ofensivos do candidato do governo, o senador José Serra, contra Lula e o PT no horário eleitoral causaram perplexidade e indignação na sociedade, na intelectualidade e, inclusive, em setores do próprio PSDB. A afirmação é do presidente nacional do PT, deputado José Dirceu (SP).
Segundo ele, os ataques não mudarão o rumo da campanha de Lula. O PT responderá com firmeza e serenidade a todas as agressões de que tem sido vítima em programas do candidato tucano. Dirceu esteve reunido com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, para protocolar uma Ação Direta de Inconstitucinalidade (ADI) contra uma lei do governo do estado do Amazonas que cria tratamento diferenciado e retira R$ 30 milhões da prefeitura de Manaus. Ele estava acompanhado do prefeito de Manaus, Alfredo Nascimento, do PL, partido que também assinou a ação. Ataques do programa de José Serra Eu pedi a suspensão do filme. Eles fizeram uma utilização imprópria, indevida, uma falsificação da realidade. O Brasil inteiro me conhece, sabe quem sou eu. A minha vida e a minha história política são um livro aberto. Não temo o debate público nem a exposição de minhas idéias. Eu assumo o que falo. Acho que a Justiça me deu razão. Se a Justiça eleitoral proibiu é porque foi cometida uma ilegalidade. Foi feita uma grosseira falsificação do que eu disse, uma adulteração dos fatos. Pedi direito de resposta e evidentemente vamos responder. Até porque esse filmete já foi usado na eleição de 2000. E nós ganhamos as eleições de 2000 para a prefeitura de São Paulo. PT manterá campanha propositiva Nós não vamos mudar nossa campanha por causa desses ataques. O que o País precisa refletir é sobre as eleições e sobre o futuro governo. O Brasil vive uma crise. A situação do País é muito grave. O PT, quando chamado pelo presidente da República, atendeu ao pedido e trabalhou no sentido de impedir que o País vivesse uma crise maior. Fazer campanha eleitoral dizendo que o Brasil é igual a uma Argentina já custou muito caro ao País. Retomar agora o tema do medo, o terror, numa campanha eleitoral é uma irresponsabilidade com o Brasil, com a sociedade. Não conosco, com o PT, com a nossa coligação, com a candidatura Lula. Por que nós, evidentemente, sabemos nos defender e vamos nos defender na hora adequada, com a linguagem correta e com argumentos. O PT é um partido que debate, discute. Ninguém debate e discute mais que o PT. Não tem programa de governo mais debatido que o de Lula. Até porque ele foi feito com a sociedade, exposto, debatido. Nós não fizemos um programa dentro do PT, fizemos aberto à sociedade. O dicionário do PT Estamos abertos a fazer um debate político, programático. Agora, baixarias, ataques pessoais, agressões, não constam do dicionário do PT. A sociedade, tenho certeza absoluta que vai repudir a tentativa de desqualificação das eleições. Isso tirará a governabilidade de quem quer que seja que vença as eleições. A situação do Brasil é muito grave para queremos vencer a eleição a qualquer preço. Por outro lado, nós estamos muitos seguros do que estamos fazendo, temos uma posição confortável nas eleições. Sociedade está perplexa e indignada O que eu estou vendo de reação da sociedade é de repúdio, inclusive no eleitorado que vota no candidato José Serra. E perplexidade na intelectualidade. Perplexidade, inclusive em setores importantes do PSDB. Perplexidade e uma certa indignação. Porque esses métodos lembram uma eleição que já houve no Brasil e o resultado não foi bom para o País. Então, da parte do PT, a sociedade pode esperar firmeza, respostas adequadas, mas ao mesmo tempo serenidade, porque nós estamos pensando no Brasil. Não estamos pensando só em eleição. Estamos pensando no futuro, no governo, não só em vencer eleições. Campanha de Lula tem rumo, coordenação, planejamento Estamos preparados para o que vier. A campanha do Lula, eles já deviam ter aprendido, tem rumo. Tem coordenação, tem planejamento. O PT não tem voto agora. O Lula não é candidato agora. Não somos um partido que cresceu nas últimas semanas. Temos um contrato com a sociedade. Um acordo com a sociedade. Temos uma força política e social. Temos propostas claras. O que eu vejo é muitos setores que estavam em dúvida se ainda iam votar no Lula, tomando a decisão e dizendo que agora vão votar no Lula por causa desse tipo de comportamento de Serra. A opinião pública sabe que isso que eles estão fazendo não é debate. Não estão propondo para o Lula debater. Estão fazendo é, com a roupagem de um debate, levar o terror à campanha eleitoral. Foram eles que usaram essa expressão. Eles querem que a sociedade brasileira vote com medo. Nós não queremos. Nós queremos que o brasileiro vote com esperança. Porque nós representamos a esperança. |
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