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7 de setembro de 2002 |
João Herrmann
Aos democratas,
Ao país, Ao Poder Judiciário. Caros brasileiros, Vocês sabiam que o ministro Nelson Jobim, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, morou em Brasília dividindo o apartamento com o senador José Serra, candidato do PSDB à Presidência da República? O apartamento era de Serra, que acolheu o amigo quando ele se separou da primeira mulher. Vocês sabiam que Adrienne Senna, atual mulher de Jobim, é funcionária remunerada do governo Fernando Henrique Cardoso - dirige o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) - e foi assessora de José Serra na liderança do PSDB na Câmara? Vocês sabiam que o ministro Carlos Eduardo Caputo Bastos, autor da maioria das concessões de direitos de resposta a favor de José Serra, candidato do governo FHC, foi advogado de Fernando Henrique Cardoso na campanha de reeleição em 1998? Vocês sabiam que o ministro Caputo Bastos, do TSE, precisa do apoio do presidente Fernando Henrique Cardoso para ser reconduzido ao posto no Tribunal no dia 26 de setembro? Brasileiros, sinto-me no dever de falar isso porque creio que o TSE, presidido pelo meu colega de Constituinte Nelson Jobim, transformou-se num fórum decisivo para a campanha. E temo que não esteja sendo imparcial. O ministro Jobim, apesar de ter sido meu companheiro de Constituinte, rasgou os compromissos que assinou na Carta de 1988. Ainda há tempo de resgatá-los em nome da construção de uma Nação democrática e pluralista. (*) Perguntar isso não ofende, como crê o próprio Tribunal Superior Eleitoral na interpretação da campanha do candidato do governo contra Ciro Gomes. João Herrmann é Deputado Federal e líder do PPS na Câmara dos Deputados. |
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