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8 de setembro de 2002 |
para independência de um país» Brasil, setembro de 2002.
Sete de Setembro, Dia da Proclamação da Independência, Dia da Pátria. Hoje, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva dedicou seu programa de TV à Embraer, afirmando que a empresa simboliza bem o futuro do Brasil.
"Manter a independência de um país é uma luta constante. No mundo contemporâneo, ela passa por uma economia forte e pelo domínio da tecnologia. Sem isso, país nenhum é independente de verdade. Foi exatamente por isso que eu resolvi dedicar o meu programa de hoje, 7 de Setembro, a uma grande empresa nacional, a Embraer, que pode simbolizar muito bem o tipo de Brasil que queremos no futuro, um Brasil moderno, eficiente, competitivo", disse Lula, no programa que foi ao ar durante o horário eleitoral gratuito. E continuou: "A Embraer é a empresa brasileira de maior sucesso internacional, a nossa maior exportadora, que fabrica e vende aviões para o mundo inteiro. Criada em 1969, ela é hoje a quarta maior fabricante de aviões comerciais do mundo, empregando 12 mil trabalhadores. Só no ano passado, suas exportações renderam ao Brasil cerca de US$ 3 bilhões. E agora mesmo seus operários estão trabalhando para atender a uma encomenda de 104 jatos feita por uma empresa americana. Esse é o Brasil que dá orgulho à gente. Além disso, os aviões militares fabricados aqui na Embraer já são exportados para mais de 20 países, entre eles a Inglaterra, a França, a Grécia e o México". Em seguida, foi apresentada a grande oportunidade para a indústria de aviação brasileira de dar um salto de qualidade na tecnologia: a concorrência do governo federal para a substituição de 12 caças FX (supersônicos) da Força Aérea Brasileira, estimada em US$ 700 milhões. Essa concorrência, da qual a Embraer participa em associação a outras empresas, tem sido alvo de muitas reportagens na imprensa brasileira, segundo as quais o provável vencedor é um consórcio estrangeiro. "Não dá para entender", disse Lula. "É verdade que os 12 caças FX não podem ser totalmente feitos no Brasil, mas podem ser montados, integrados e testados aqui, pois existem empresas brasileiras que estão prontas para isso. Além do mais, tratando-se de um avião militar, a questão fundamental é a independência da sua operação, que só pode ser alcançada com o domínio tecnológico. E é exatamente o domínio dessa tecnologia que vai influenciar uma nova geração de aviões brasileiros com grande futuro no mercado internacional. Isso significa mais dólares e mais empregos gerados aqui. É isso o que falta à gente, planejamento de longo prazo", continuou o presidenciável petista. "Num momento como esse, o presidente tem que ter firmeza para dizer: `Os interesses estratégicos do Brasil estão em primeiro lugar, e ponto final´. A nossa independência tem que ser conquistada assim, pois com uma concorrência cada vez mais rápida e agressiva, o Brasil tem que ser mais ágil e mais forte", afimou Lula. O programa traz à lembrança um outro episódio, envolvendo a Petrobras. Logo no primeiro dia do horário eleitoral gratuito, Lula mostrou que o Brasil tem condições de fabricar plataformas de exploração de petróleo, mas a estatal contratou os serviços de uma empresa estrangeira - o que implica a remessa de dólares para o exterior e geração de empregos também fora do Brasil. |
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