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La insignia
5 de março de 2002


Respeitável público


Mariana Loiola
Rets. Brasil, março de 2002.


O Artigo 59 do Estatuto da Criança e do Adolescente diz que "os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude". Sabemos que, no entanto, nem sempre a lei é cumprida. O teatro voltado para crianças e adolescentes é uma das atividades culturais que está em crescente luta para transformar essa realidade e garantir os direitos do seu público. O Seminário Internacional de Teatro para a Infância e Juventude, que acontece entre os dias 4 e 6 de março, no Teatro SESC Copacabana, no Rio de Janeiro, vai reunir profissionais do Brasil e de outros países para debater a produção teatral voltada para crianças e jovens em todo o mundo.

A iniciativa, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, é da Associação Internacional de Teatro para a Infância e Juventude (ASSITEJ), uma organização presente em 65 países, incentivando o intercâmbio de uma rede internacional que reúne milhares de pessoas, teatros e entidades. A proposta da ASSITEJ é contribuir para o aumento da qualidade artística e técnica do teatro profissional para crianças e adolescentes, apoiar o seu desenvolvimento, projetá-lo frente às políticas culturais de órgãos públicos e privados e defender os direitos da juventude através de experiências culturais. O seminário vai promover a troca de conhecimentos entre representantes da ASSITEJ no Brasil, EUA, Inglaterra, Japão, Israel, Zimbawe, Uganda, Holanda, Canadá, Austrália, Suíça, Coréia, Croácia, Noruega, Polônia e Rússia. "Vamos ter uma noção do que se passa nos outros países em relação ao teatro para crianças e jovens", diz Antonio Carlos Bernardes, presidente do Centro Brasileiro de Teatro para Infância e Juventude (CBTIJ), conhecido internacionalmente como ASSITEJ-Brasil.

Além de realizar oficinas para atores, o CBTIJ elabora e realiza projetos de espetáculos que percorrem as capitais e cidades do interior a preços populares e, às vezes, com entrada gratuita. Existem também projetos, ainda sem verba, para serem aplicados junto a comunidades de baxa renda e escolas. O CBTIJ acredita que o aspecto lúdico que os espetáculos teatrais oferecem poderia ser utilizado nas escolas como meio de estimular a imaginação e a criatividade da criança e facilitar o aprendizado das disciplinas tradicionais. Através desse seminário, o CBTIJ e a ASSITEJ pretendem contribuir para "o olhar que se tem e se pratica sobre a produção teatral para a infância e a juventude". "O teatro infantil é visto como uma arte menor, como se apenas incluísse produções ruins. Queremos mudar essa mentalidade", diz Bernardes. O CBTIJ também atua junto aos órgãos governamentais para influir nas políticas culturais, reivindicar mais espaços em teatros, escolas e na imprensa, ações em prol da criança e uma divisão mais igualitária dos recursos dirigidos ao teatro. "O teatro para crianças recebe muito menos recursos e incentivos - como as premiações, por exemplo - do que o teatro para adultos", afirma.

Uma mostra de espetáculos dos associados do CBTIJ vai anteceder o seminário, nos dias 2 e 3 de março, no SESC Copacabana. A mostra tem entrada franca e a programação estará disponível nos jornais. Mais informações na página do CBTIJ, pelo correio eletrônico cbtij@cbtij.org.br ou pelo telefone (21) 2205-4483.



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